Arqueólogos descobriram as joias mais antigas já registradas – e datam de 150.000 anos. Os arqueólogos desenterraram as 33 contas de conchas de uma caverna no Marrocos entre 2014 e 2018.
Primeiramente, os arqueólogos descobriram o que provavelmente é a peça de joalheria mais antiga de que se há registro, e que são 33 contas de concha que datam de 150.000 anos. A incrível descoberta, delineada em um artigo de pesquisa publicado pela Science Advances em setembro passado, também dá uma visão sobre a comunicação humana.
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Os artefatos, que estavam na Caverna Bizmoune perto da costa atlântica do Marrocos entre 2014 e 2018, passaram por uma série de testes para determinar a idade das conchas e dos sedimentos circundantes. Então, descobriu-se que muitas têm entre 142.000 e 150.000 anos.
Qual era a utilidade das conchas
Medindo cerca de 1 cm de comprimento, cada conta tinha conchas de duas espécies diferentes de caracóis do mar. De acordo com a equipe de escavação, os orifícios no centro de cada conta, bem como as marcas de desgaste, indicam que foram pendurados em fios ou em roupas.
Contas antigas do Norte da África, como essas 33, estão associadas à cultura Ateriana da Idade da Pedra Média. Portanto, esses antigos colonos são considerados os primeiros a usar o que hoje chamamos de joias.
O arqueólogo Steven L. Kuhn e sua equipe dizem que as contas de concha são as primeiras evidências conhecidas de uma forma difundida de comunicação humana não-verbal, ou seja, usar joias para transmitir coisas sobre nós mesmos sem o barulho da conversa.
“Eles provavelmente fazem parte da maneira como as pessoas expressam sua identidade com suas roupas”, disse Kuhn em um comunicado. “Eles são a ponta do iceberg para esse tipo de característica humana.”
Além disso, Kuhn, que também trabalha como professor de antropologia na Universidade do Arizona, acredita que a descoberta mostra que as pessoas usavam acessórios para transmitir partes de sua personalidade até centenas de milhares de anos atrás. Por fim, as contas, disse Kuhn, são essencialmente uma forma fossilizada de comunicação básica.
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